"Depois de uns diazitos "catarrado", como dizem os "nuestros hermanos", tomei hoje coragem e fui dar um parzito de pedaladas até ao ermo Santuário de Nossa Senhora das Neves, de onde guardo gratas recordações da minha infância.
Sai de casa já depois das 09h00 e desci ao Rio Ponsul e parei na ponte que cruza o rio para olhar com algum saudosismo para aquelas velhas e abandonadas casas onde outrora o Ti Rodrigues e a Ti Amélia geriam como Casa de Pasto e onde a mata ia comer umas belas migas de peixe, ou apenas peixe frito, ou mesmo uma farinheirita albardada no ovo. Tempos de outrora!
Subi depois a Malpica do Tejo e depois de uma passagem por algumas das ruas daquela bonita aldeia, parei no Café Sacul para beber o cafézinho matinal e dar dois dedos de conversa com o Arlindo.
Abandonei a aldeia pelo São bento e fui até à Sra das Neves e por ali me entretive um pouco olhando o horizonte e as bonitas paisagens que o compunham.
Estava na hora de regressar e pela estrada que cruza as vastas terras de montado, com ligação a Monforte da Beira, fui até ao entroncamento desta com a M.554 e tomei o rumo a Castelo Branco, utilizando o mesmo percurso depois de entrar na N.18-8, até à cidade.
Cheguei ainda cedo, depois de 54 kms pedalados a solo pelas bonitas estradinhas panorâmicas que percorrem aquele recanto do Parque do Tejo Internacional.
Está na hora de descomprimir e pedalar apenas para matar o vício e não perder o jeito.
Já chega de palmilhar quilómetros a fio este ano, pois para o ano, novas aventuras me esperam certamente, por estrada ou em btt. É uma paixão que persiste e que nada faço para que acabe.
Pelo contrário, mantém-me vivo e um pouco mais afastado das "tricas e laricas" que preenchem os "pasquins de caserna" cá do burgo.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
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