Partilhar as fabulosas côres de Outono pelo magnífico "Castañar del Ojesto" na sempre linda "Sierra de Gata" é já um clássico, que partilho com os amigos, transformando este dia numa festa, onde a animação e os já clássicos trilhos por "senderos milenares" são o mote para este singelo dia de Btt.
Este ano, contei com a participação do meu irmão Luís, Sandro Gama, Pedro Ferrão, Nuno Gomes, Leonel Cordeiro, Paula Pita e o Bruno Anselmo.
O percurso deste ano teve como ponto de partida e de chegada, "a mui hermosa Valverde del Fresno" uma povoação raiana bem conhecida dos portugueses.
Abandonei a cidade pelas 07h00, acompanhado pelo Sandro Gama, em direção ao ponto de encontro, nas bombas de combustível de S. Gens, onde já se encontrava o Bruno Anselmo
.Pouco depois chegou a restante rapaziada e depois dos cumprimentos e larachas da praxe, fomos tomar o cafézinho.
Rumamos depois a Espanha, deixamos as viaturas aparcadas junto ao restaurante "A Laura" e preparamos as bikes e restante material.
Demos então início ao nosso passeio, saindo de Valverde em direção ao Vale del Xálima com a intenção de desfrutarmos de alguns dos seus maravilhosos "senderos".
Por coincidência, estava também a decorrer um passeio organizado pelos "nuestros hermanos", mas não havia qualquer interferência da nossa parte, pois eles iam em direção à Serra da Malcata e nós para San Martin de Trevejo.
Pedalamos ainda por alguns dos single tracks que coincidiam com a parte final do trajeto, mas lá mais à frente cruzamos a EX-205 rumo a San Martin de Trevejo, onde chegamos depois de cruzar parte da Sierra de Cachaza.
Chegamos a San Matin de Trevejo, uma belíssima povoação sierragatina com um expressivo e fabuloso casco histórico situada num dos confins "del Xalima", bem aos pés do imponente Pico Jalama.
Abancamos na "Pizzeria" para uma alimentação mais consistente, pois a hora já o aconselhava e degustamos uns belos "bocadillos acompanhados de umas robustas cañas".
Dali seguimos para a grande dificuldade do dia, no sentido ascendente . . . a subida do Puerto de Santa Clara pelo Castañar de Ojesto".
Magnífico, brutal, idílico, épico! Coloquem-lhe o adjetivo que quiserem, ou chamem-lhe apenas bonito ou belo, mas para mim, aquela subida pela sua famosa calçada romana, o caminho milenar que cruza o impressionante "castañar", um dos mais densos da extremadura, nunca me deixa indiferente!
Subi-lo de btt, é uma verdadeira aventura, que um bom amante desta irrequieta nodalidade desfuta em pleno.
E assim foi. Com início no Pilón de las Huertas e ladeando o Rio de la Vega, este animado grupo lá foi conquistando aquela calçada bem pedregosa, com as diversas peripécias sempre presentes nestas manifestações lúdicas, com inúmeras paragens para fotos, para filmar, ou simplesmente porque a bike teimou em não subir esta ou aquela pedra.
Ainda antes de atingir o topo, o "Teso de la Nave", fizemos uma pequena paragem junto à bonita cascata que ladeia o caminho.
Já no topo, fletimos à esquerda e demos início à descida a Eljas. Adrenalínica, brutal. Ali a pedra era rainha!
Começamos por pedalar sempre com os olhos postos naquelas bonitas formações montanhosas denominadas "As Torres" e fomo-nos embrenhando num espetacular "sendero" de dificil progressão, muito pedregoso, onde tinhamos que ir buscar todo o potencial do nosso kit de unhas.
Aqui o btt tem outra expressão! àAs máquinas (bicicletas) têm que o ser e o material é posto a prova de forma brutal. Se chegares lá abaixo com a bike inteira, podes crer que tens uma boa máquina!
O gajo que a monta, se lá conseguir chegar em cima dela, também já se pode vangloriar de dar "uns toques!
Toda a malta adorou o "magano" daquele "sendero".
Já em Eljas fomos "molhar o bico" ao bar da Plaza Mayor e malhar mais um par de "cañas e uns pinchos" antes de "galgar4" os últimos 6 kms que nos levariam até ao final, Valverde del Fresno".
Para abandonar aquele belo "poblado", tinha reservado para a rapaziada mais uma maldadezita, (não é que eu seja mau cachopo) e descemos ao vale por mais uma bela calçadita romana, bem curvilínea, em modo de teste à capacidade de viragem das respetivas bikes.
Chegamos a Valverde e antes de chegarmos junto das viaturas, demos ainda uma pequena volta por algumas das belas "calles" antes de darmos por terminado o nosso passeio.
Já com as bikes arrumadas e com outro visual, despedimo-nos do Leonel, da Paula e do Nuno que tinham que regressar mais cedo a Coimbra e eu, o meu irmão Luís, o Ferrão, o Sandro e o Bruno, abancamos no restaurante "A Laura" para um final feliz em volta de "unas tapas e unas cañas", que fomos degustando calmamente, em conversa amena entre bons amigos.
Fiquei bastante agradado com a presença destes bons amigos e enquanto puder, estas pequenas "ramboias" serão sempre um motivo para a malta se encontrar e "pintar a manta" num qualquer recanto, daquela maneira que a malta sabe e gosta!
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Comentários
Obrigado. Um abraço,
Bruno Anselmo