
Já há algum tempo que estava planeada esta aventura a Monforte da Beira, mas por este ou por outro motivo ainda não tinha sido concretizada.
Mas o facto é que se estivermos à espera que as coisas aconteçam, ou ainda, esperar muito tempo para as concretizar, na grande maioria das vezes acabam por se "esfumar", ou não passar disso mesmo, uma ideia!!!
Mas o facto é que se estivermos à espera que as coisas aconteçam, ou ainda, esperar muito tempo para as concretizar, na grande maioria das vezes acabam por se "esfumar", ou não passar disso mesmo, uma ideia!!!
Assim, resolvi deixar os "os tordinhos" em paz e o "canhangulo" no cofre e resolvi fazer um convite a alguns amigos que me quizessem acompanhar e a resposta não se fez esperar.
F.Mike, Agnelo, Jorge Palma, Fidalgo, Marcelo e Nuno Diaz aceitaram o convite e juntámo-nos pelas 08h no Parque Infantil da Pires Marques.
Após a foto de grupo, demos início ao passeio com saída em direcção exactamente oposta a Monforte, originando alguns comentários entre a malta, mas a idéia era pisar alguns trilhos novos, para alguns, e arredondar um pouco a volta, que não era a que tinha programado inicialmente e que alterei por questões de segurança e algum eventual conflito em zonas de reserva onde tinha no dia anterior havido "montarias aos javalis e veados" havendo a hipótese de domingo haver o habitual "rebusco" ou cobro de peças feridas, não cobradas no dia anterior.
Como tal, não passámos pelo Néo, Covil do Lobo, Montes da Baliza, Vale das Vacas e Malha Pão, que ficaram desde já em "stanby" e em alternativa, descemos ao Vale do Ponsul, com início na quelha das Fontainhas, Fonte da Mula e Forninho do Bispo e afrontando o Vale do Ponsul pela Barroca do Cutileiro, onde nas imediações fomos brindados com o avistamento de 3 lindas corsas que cruzaram o caminho mesmo na nossa frente em elegante correria e que se deixaram admirar com uma ou duas paragens, para depois desaparecerem transpondo a cumeada.
Fiquei de tal maneira impressionado com aquela soberba visão das corsas em estado selvagem e no seu habitat natural, que até me esqueci de sacar da "digital" para registar o momento. grrrrr!!!
Chegámos então ao estradão principal que seguimos até à N.18.8, passando pelos Montes do Jambum e Ponte e cruzámos o Rio Ponsul pela degradada e em estado de abandono, Ponte Romana, para subirmos pelo Monte dos Cancelos até ao Negrete, onde entrámos em alcatrão para numas escassas centenas de metros tornarmos aos trilhos, desta vez no Monte Flores e nos embrenharmos e bonitos azinhais e sobreirais até à entrada do Monte do Grifo, onde não entrámos virando à esquerda de novo, até ao asfalto, para evitarmos algumas aramadas e portais fechados a cadeado e que era difícil transpor, além de não ter a respectiva autorização do proprietário.
Virámos no cruzamento seguinte para Malpica do Tejo na estrada de ligação com Monforte, para logo nos esgueirarmos por um estradão à esquerda numa descida alucinante e em bom piso em direcção à mancha de eucaliptos que atravessámos até chegar às hortas de Monforte.
Seguidamente entrámos nos terríveis trilhos de Monforte, que o Agnelo denomina de corta pneus, de muita pedra, desnivelados e de má progressão, mas de muita adrenalin para nos dissimularmos nos extensos olivais que "povoam" a zona entre muita pedra e mato até chegarmos próximo do castelo, virando novamente à esquerda para nos "atirarmos" novamente em descida rápida e de melhor piso em direcção à Capela de Santo António, já em Monforte, onde ainda antes da já ansiada paragem no Café "O Padeiro" percorremos ainda algumas pitorescas ruas da aldeia.
Momento de repouso muscular e de repor energias com a ajuda duma bela "bjeca" (qual ovomaltine, qual carapuça)
O grupo era animado e reinadio e já ali, alguns "meninos" que não digo o nome, mas que aponto quando os vir, aproveitando a presença no estabelecimento dum técnico que reparava a máquina do café, se fizeram de forma "escandalosa" à boleia, chegando ao ponto de irem espreitar a viatura para ver quantes bikes poderia carregar. eheheh
Mas o castigo foi severo!!!
Com a "galga" que estavam foram conduzidos por trilhos habitados por "rechonchudos suinóides" pata negra, ou porco preto, como lhe queiram chamar, fazendo-os entrar em "deliriun deliriuns"com miragens de belos "secretos de porco preto" "presunto pata negra" bifinhos, costeletas, lombo, enfim... os homens sofreram à "brava" com aquelas visões.
Mas os "ditos" talvez temendo a exposição pública e os eventuais editais estratégicamente "escarrapachados", fizeram "acto de contrição" e resolveram acabar a aventura montando as suas "esforçadas" monturas", vulgo bikes, num regresso onde a parte final era a "expiação" não deixando contudo de aqui e alí lançarem uma ou outra "lamúria".
Agora sériamente. . . Os meus sinceros parabéns aos companheiros Fidalgo, Marcelo e Nuno Diaz, que não estando ainda habituados a estas "andanças" em termos de quilometragem e dureza, mostraram a sua raça, sendo eles os verdadeiros protagonistas desta aventura, vencendo as 7 horas de selim, os duros trilhos da serra, as descidas técnicas para o vale do ponsul e as duras subidas que compunham estes cerca de 80 kms, fazem deles, a quem só lhes é permitido pedalar nos fins de semana, uns betêtistas na sua verdadeira essência.
Benvindos à classe da longa distância, trilhos por desbravar e paisagens para mais tarde recordar!!!
E sobretudo, por me terem dado o previlégio da vossa companhia!!!
Depois deste "hino" aos meus amigos pedalantes, resta-me referir que o regresso foi feito pelos trilhos da verdadeira Serra de Monforte, por trilhos explêndidos entre muros antigos que dividiam e dividem ainda as "sortes", por entre olivais, alguns já em estado de abandono descendo depois em complicada descida para o sopé da Serra do Carregal para continuar pelos Montes do Barrelas, Marmelitos, Marmelos, (onde se encontravam os porcos pretos em "montado") Negrete e Escrivão(também com porcos de "montado"), para tornarmos a cruzar a ponte romana, desta vez com paragem na "Tasca da Ti Amélia" para tomar a dose desta vez mini, de "Sagrespan" para olear as minhas cartilagens e assim melhor afrontar a terrível subida para a lixeira e alguns topos até final.
Depois da subida entrámos na mancha de eucaliptos em direcção ao Monte dos Cagavaios e circundámos o Monte de S. Martinho para entramos na cidade, pelo Bairro da Carapalha cerca das 15h, com 76 kms percorridos em belos trilhos, na companhia de malta animada e divertida.
Fiquem bem
Vêmo-nos nos trilhos
AC
Album Fotográfico
(clique para ver)
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Monforte |
Comentários
Mais um óptimo dia de BTT, em boa companhia, com trilhos nunca por mim pisados e também com a segunda "sova" consecutiva. Venha de lá outra que o corpinho "danone" bem merece e agradece... passados alguns dias!!!
Jorge Palma