Hoje foi dia de "vadiagem"!!!
Em solitário e montado no meu "tanganho", saí da cidade pouco depois das 08h em busca do prazer que é para mim, pedalar sem stress e sem pressão, absorvendo todos os momentos e a plenitude das belas panorâmicas e zonas por onde passo.
Depois de passar a Tapada das Figueiras, cruzei a M.551 e entrei no Monte da Massana, onde a "marzia" já molhava a meinha.
A manhã apresentava-se com uma neblina baixa, que perdurou até cerca das 10h00.
Já no estradão da cumeada, fui até à N.112, seguindo para o Rouxinol, onde fui em busca de uma antiga passagem do Rio Ocreza. O fogo que assolou a zona fez desaparecer aquele antigo "carreirinho", onde algumas vezes pedalei.
Mas nem tudo se perdeu. Encontrei outro, feito pela passagem dos "motoqueiros" e que, para nós betêtistas, se transforma num belo desafio. Mais parece uma bela pista de "freeride". Começa junto às casas do Rouxinol e termina junto à Ponte de Ferro, que antecede a subida à Capela de Santo António. Com cuidadinho, mas divertí-me à brava!!!
Parei no Palvarinho, onde apesar da fresquidão da manhã, cheguei um pouco afogueado da longa subida.
O pneu traseiro da minha bike já não tem uma boa tração, pelo desgaste que já apresenta e, em terreno arenoso, ou pedregoso, de vez em quando prega-me uma partida. Não sendo o caso.
Aqui pela cidade, pneus para 29er's não abundam, apenas os spec's, que não me agradam.
Fui o primeiro cliente do café e atestei logo ali os níveis de cafeína e dei dois dedos de conversa com alguma malta conhecida, que entretanto entraram no estabelecimento, e com quem cacei em tempos, em belas montarias de caça grossa.
Rumei à Praia Fluvial do Muro, condenada ao abandono, pois o proprietário já desistiu do projeto de remodelação daquele belo espaço natural, derivado aos constantes assaltos, roubos e danos nas bonitas instalações em xisto. Adoro o alpendre daquela casa!
Cruzei o Rio Tripeiro e subi aos Carvalhos seguindo para a Bedaneira, agora plena de olival, que ladeei em direção a Camões.
O antigo estradão já está totalmente alcatroado e a ponte sobre a Ribeira do Goulo já construída. Uma maravilha para os "asfálticos", eu incluído. Não é grande coisa para trepadores. Apenas para quem gosta de pedalar na tranquilidade daquela plenitude.
Subi à cumeada e tomei a direção de Vale de Ferradas e cruzando a estrada de Santa Clara, subi à serra, parando lá no alto para apreciar aquela envolvente panorâmica.
Desci à Portelinha entre eucaliptais e passando por Valbom cheguei à Lameirinha, onde parei para comer uma bela bifana acompanhada por uma bela e fresca "loirinha"!
Diverti-me um pouco com os comentários de alguns clientes ao meu tanganho, pois nunca tinham visto uma bicicleta com as rodas tão grandes. Foi um momento descontraido. Após dois dedos de conversa com o meu amigo Alexandre, companheiro de juventude e boas tertúlias e bailaricos, lá segui o meu rumo.
Ladeei a oficina do Alexandre, na Lameirinha e desci ao Porto da Vila, onde encostei à Ribeira de Almaceda até à bonita aldeia de xisto de Martim Branco, com algumas passagens pelo espetacular PR2.
Subi à serra por novos trilhos que por ali desencantei e desci à Varzea Fundeira, cruzando de novo o Rio Tripeiro.
Com uma nova secção de trilhos, alguns a terem que ser alterados numa nova passagem, pois já arranham um pouco a pernita, rumei ao Ninho do Açõr, com passagem pelo Monte Velho.
Desci seguidamente ao Vale de Prande, onde há bem pouco tempo andei com a rapaziada das Docas e subo ao Santuário da Rainha Santa Isabel, cruzando a M.550 para a Quinta do Freixial.
Passei pela Nave Redonda, Vale do Nuno e Quinta de Valverde, para entrar na M551 até à Tapada das Figueiras.
Entrei em Castelo Branco já com 84 kms pedalados, mas repletos de bons momentos, de bonitas paisagens e pronto para um bom banhinho e uma retemperadora soneca.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
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