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"Btt na Serra da Lousã"

Este fim de semana apeteceu-me ir dar umas pedaladas pela sempre bonita Serra da Lousã, com subida programada ao Parque Eólico de Santo António da Neve e Alto do Trevim.
Juntaram-se à ideia os amigos Álvaro Lourenço, Vasco Soares, Nuno Dias e Abílio Fidalgo.
Saímos da cidade pelas 06h30 de domingo e rumámos à Lousã, montando "quartel" junto à Pousada da Juventude.
Fomos tomar o pequeno almoço na Pastelaria S. Silvestre, preparámos as bikes e restante material e partimos à aventura.
Ao contrário das vezes anteriores que por ali pedalei, resolvi subir desta vez por Cacilhas, Vale da Maceira e Vale da Nogueira, onde entrámos nos trilhos rumo a Gondramaz, a única aldeia de xisto que iríamos visitar.
Chegámos àquela bonita aldeia "postal" e parámos no largo fronteiriço ao Pátio do Tintol, aquilo que considero o ex-libris da aldeia.
Hoje bastante movimentada com um numeroso grupo de pedestrianistas e um grupo de atletas de btt, entre eles os irmãos Pombo, não nos permitiu a visita calma e descontraída que esperava.
Também evitámos o restaurante "Pátio do Xisto", pois da última vez que por ali estivemos, a proprietária, que deixa um pouco a desejar no que toca a simpatia, cobrou-se bem dum pequeno lanche que ali comemos.
Abandonámos aquele bonito local em direção às eólicas do Parque de Vila Nova, mantendo-nos sempre à meia encosta, abaixo do estradão das antenas. Pedalámos uns quantos kms ao som das eólicas, com umas esplêndidas vistas sobre os vales circundantes.
Chegámos ao peculiar lugar da Catraia da Ti Joaquina e ali fizemos uma pequena paragem para comer uma sandocha e conversar um pouco, absorvendo toda a mística daquelas bonitas serranias.
Seguimos depois até à Casa do Guarda e ladeámos uma das encostas da serra, com uma visão fantástica sobre um profundo vale, que separa a Serra da Lousã da Serra do Coentral.
A visão sobre as profundas e formosas aldeias de Pisões, Sarnadas e dos Coentrais foi espetacular.
O caminho serpenteando à meia encosta ligando as duas serras em direção a Santo António da Neve, foi algo que não nos deixou indiferentes. Eu pessoalmente adorei e fiquei já a magicar uma passagem com a minha "santinha" cruzando aquele verdejante vale e as suas castiças aldeias.
Chegados à pista de aviação, contornámos as antenas e descemos à Capela de Santo António da Neve, dando ainda uma mirada no poço neveiro ali existente.
Estávamos quase a atingir o ponto mais alto do nosso percurso. Dali seguimos para o Trevim por um trilho que vai subindo lentamente a encosta, até atingirmos o ponto mais alto do percurso.
Não fizemos os últimos duzentos metros até ás antenas, pois já conhecia bem o local, optando por iniciar a descida à Alfocheira . . . e que descida!!!
Desta vez em pleno dia e por uma vertente mais inclinada e técnica, foi deveras adrenalínico e nalgumas situações, mesmo assustador.  Creio que nenhum de nós se livrou dum bom par de precalços.
A mim valeu-me a minha "santa". Um dia que deixe as bikes, vou tentar "canonizá-la!". Já fez uns quantos milagres . . . Ufa!!!
Já no final, junto às viaturas e depois de tudo arrumadinho, fomos até ao restaurante do outro lado da rua e calmamente comemos, bebemos e conversámos, satisfeito com mais um belo dia de pedaladas num dos meus locais "encantados".
A minha próxima aventura será em . . . depois conto!!! Assim que o tempo o permitir. Lá para Janeiro.
 
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

Filme:
 

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