Avançar para o conteúdo principal

"Peixeirada no Juncal do Campo."

Pois é! Já em modo de preparação para a época festiva que se estende desde o Natal aos Reis, fomos efetuar mais um treino de endurance ao Juncal do Campo, à volta de uma suculenta e espetacular MIGA de PEIXE, feita por quem sabe.
Ah, e já agora, levámos as "gajas", as bikes, claro!
Este treino estava programado em duas fases . . . a fase "descalórica", composta por cerca de 40 kms de bike e a calórica, à volta dum antigo alguidar de barro com pão migado finamente, o molho da cozedura do peixe, com mais uns ingredientes omitidos pelo autor, travessas de peixe frito, belos queijos e pinga do melhor, azeitonas retalhadas da última apanha, enfim, treino só ao alcance de  "esforçados profissionais". Não é fácil manter esta performance durante toda a época . . . mas esta equipa é esforçada e com bastante empenho, vai conseguindo manter a "linha"!
Então vamos lá contar como foi!
A rapaziada "aderente" juntou-se no estacionamento do continente, distribuída em três viaturas e seguiu para o café das bombas do Palvarinho para a matinal dose de cafeína.
Já com a primeira fase concluída, seguiram para o campo de futebol do Juncal do Campo, onde estacionaram as viaturas e, para evitar perder a temperatura corporal, seguiu-se mais uma prova de jeropiga, por acaso, a 2ª. classificada num recente concurso de jeropiga efetuado naquela aldeia.
A malta da terra foi chegando e o grupo foi-se compondo para seguirmos depois para o campo "malhar" uns kms de bike, enquanto o nosso "chef de cozinha" preparava o pitéu para a hora combinada.
Orientados pelo Tomás, abandonámos a aldeia pela Mansama, tomando o rumo à Várzea do Porto do Conde, com passagem pelas Ferrarias e Cavaleiro.
Daqui era para irmos inicialmente até Almaceda, mas, acabámos por ficar pelas Rochas de Baixo, com uma visita ao Café Central para "malhar" uns branquinhos traçados e não perder a dinâmica para a tarde que se avizinhava.
Já de regresso, seguimos ladeando a Ribeira de Almaceda, agora em sentido inverso e fomos até ao Martim Branco, uma bonita aldeia de xisto, ainda a ser recuperada.
Subimos às Carvalheiras e seguimos para o Chão da Vã pela Esteveira de Baixo.
Depois de cruzar a Ribeira do Tripeiro, junto às passadouras, virámos logo o azimute ao Juncal do Campo, onde entramos, pela Zebreira Grande.
Arrumámos as bikes e fomos ao banhinho de água quentinha nos balneários do campo de futebol, seguindo depois para o cantinho reservado no clube local, onde nos aguardava o belo petisco. 
Antes, ainda martelámos mais uns "branquinhos" para manter a máquina oleada e fomos para a mesa onde ficámos perfeitamente "entregradres" (de cerveja, pois então!)
Mesa posta, pessoal do melhor, ambiente acolhedor, vinho que não precisa de DOC's nem outras siglas para nada, servido em garrafões de plástico, à moda do século XXI, ou com o velho "palhinhas" à moda do século XIX, azeitona retalhada da última apanha e queijo de "mau aspeto" e gosto soberbo, animaram a rapaziada e soltaram línguas nas horas seguintes.
Um belo dia entre amigos e com uma tertúlia daquelas que a "gente gosta", começando com umas pedaladas descontraídas em alegre cavaqueira e terminando à mesa degustando um belo manjar, onde a alegria e o divertimento, nos faz esquecer momentaneamente as agruras da vida.
Depois do almoço fomos para o bar, onde a "coisa" continuou animada até que chegou a hora de regressar a casa.
Um grande Bem Haja aos amigos do Juncal do Campo que nos proporcionaram esta bela "tertúlia", criando todas as condições para que pudéssemos desfrutar destes momentos, onde a amizade e o companheirismo saem reforçados . . . Não pelo petisco, ou pelos "copos", em si, mas pela amizade, pela forma singela e desinteressada como sabem receber e partilhar com os amigos.
Não escrevo nomes, porque não sou capaz de me lembrar de todos e todos foram EXCELENTES!
BEM HAJAM.
 
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

Comentários

Anónimo disse…
pois...
e eu de molho todo o fim de semana!!!
convocado para a coisa, mas de vez em quando acontecem para aí umas viroses manhosas a deitarem um gajo abaixo...
já vi que perdi uma bela confraternização, e petisco...
essa malta não falha.
boas festas
Pinto Infante
AC disse…
Amigo Pinto Infante.
Não desanimes, nem fiques triste!
Se tivesses ido, também irias "ficar de molho" durante o resto da semana.
Grande abraço
AC
Fidalgo disse…
Estas coisas e tal... eu que gosto é mesmo de andar de bicicleta, mas e tal...arranjam-me destas coisas e um gajo não pode deixar de cumprir com a sua obrigação. Uma chatice, tive que comer um pão mal amassado com água e um sabor a umas ervas estranhas. Um gajo tem que fazer cada sacrifício para poder dar umas pedaladas por aí. Um aborrecimento, sim porque o que eu gosto é mesmo andar de bicicleta!!! Um abraço e parabéns a todos os que participaram neste belo convívio. Abílio Fidalgo.

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela ...

PPS PR1 e PR2 - Caminho de Xisto do Fajão e Ponte de Cartamil,"

"Eu escolho viver, não apenas existir." (James Hetfield) Em dia de mais uma das minhas caminhadas, sempre na companhia da minha cara metade e excelente companheira nestas minhas passeatas pela natureza, fomos até à bonita Aldeia de Xisto de Fajão. Fajão, é uma aldeia de contos, que convive com as escarpas quartzíticas dos Penedos de Fajão, encaixada numa pitoresca concha da serra, alcandorada sobre  o Rio Ceira, perto da sua nascente, cuja configuração faz lembrar antigos castelo naturais. Chegamos à aldeia pouco depois das 08h30, sob intenso nevoeiro, que nos criou alguma apreensão sobre se daríamos, ou não, inicio à caminhada. Mas a impressão era de que a neblina estava a levantar e o sol começaria a iluminar o bonito Vale sobre o Rio Ceira, rodeado pelos impressionantes Penedos de Fajão e pela Bela Serra do Açor. A beleza que ainda não à muito tempo caracterizava aquela zona, era agora um pouco mais cinzenta, depois da devastação causada pelos fogos ...

"Sobrainho da Ribeira"

"Hoje foi dia de ir passear a minha "ézinha", em andamento relaxado, pois no próximo fim de semana, tenho a minha peregrinação anual a Fátima. Dois dias de puro btt, logo com o primeiro a chegar ao final, em Constância, após 125 kms em plena comunhão com a natureza, com a bica da cerveja preta e das belas sandes de presunto, ali para os lados da Aldeia do Mato. O segundo será mais "maneirinho" e também muito mais curto, orientado ao puro divertimento, pelos fantásticos singles de Almourol e Serra D'Aire. Saí de casa já um pouco tarde, com os ponteiros do relógio quase a posicionarem-se nas 08h30. Rumei ao Cabeço do Infante, com passagem pela Taberna Seca e Vilares e, ali efetuei a primeira paragem para o cafezinho matinal. Sempre de forma descontraída, continuei as minhas pedaladas passando Sarzedas e descendo ao cruzamento para o Salgueiral e Sobrainho da Ribeira. Escolhi o Sobrainho da Ribeira. Nesta bonita estradinha panorâmica, ...