Avançar para o conteúdo principal

"Castelo do Rei Wamba"

LENDA DO REI WAMBA
«Wamba, rei visigodo, fundou o Castelo de Ródão, onde vivia com a sua mulher e filhos. A rainha fugiu, certo dia, para os braços de um rei mouro, o que levou Wamba a procurá-la, disfarçado de mendigo.
Ela reconheceu-o, fingiu ser prisioneira do mouro e escondeu o marido no próprio quarto, entregando-o em seguida ao amante.
Pediu Wamba à generosidade do inimigo que lhe concedesse tocar pela última vez a sua corna. Os seus companheiros de armas ouvindo-o, acudiram-lhe. Mataram o rei mouro, e trouxeram a rainha para o Castelo de Ródão.
Por sugestão do filho mais novo, o castigo dela consistiu em ser precipitada pela íngreme encosta para o Tejo. Ao saber do castigo, a rainha proferiu a sua tripla maldição:

Adeus Ródão, adeus Ródão
Cercada de muita murta
E terra de muita . . . . .
Não terás mulheres honradas
Nem cavalos regalados
Nem padres Coroados!»
Diz-se que por onde o corpo rolou nunca mais cresceu mato.»

 
Contada a lenda do Rei Wamba, cabe-me dizer que o nosso passeio de hoje foi até àquela bonita torre - atalaia erguida numa das escarpas sobranceiras ao Rio Tejo, sobre as fantásticas Portas de Rodão.
Do alto dos seus muros, miradouro de visita obrigatória, descortina-se uma excecional panorâmica sobre o vale do tejo.
Pelas 08h00, juntei-me à malta que habitualmente se agrupa junto ao Continente, hoje composta pelo Fernando ( Caraíbas), João Salavessa e Ti João dos Escalos.
Saímos em direção ao IP2 que seguimos até ao Perdigão, com passagem por Sarnadas e Alvaiade.
Aqui entrámos na bonita estradinha panorâmica que segue para Vilas Ruivas e Vila Velha de Rodão.
No alto de Vilas Ruivas, seguimos o acesso à bonita atalaia, onde pudemos constatar a real beleza do local e por ali nos entretivemos um pouco na charla.
Descemos a Vila Velha de Rodão e para manter uma neo - tradição, fomos até à bolaria rodense, tomar a matinal dose de cafeína, que acompanhei com um delicioso pastel de nata.
A manhã estava a ser deliciosa, o companheirismo excelente e uma manhã bastante agradável.
Regressámos então à cidade pela antiga N.18, que veio de novo entroncar na IP2, onde eu e o Fernando parámos nas bombas locais a aguardar um pouco pelo Ti João e pelo Salavessa.
Antes, passou por nós o Agnelo Quelhas, provavelmente num dos seus treinos intensivos para atacar os Lagos de Covadonga. (mal sabe ele o que o espera . . . então aquele mirador de los canónigos, a huesera e o mirador de la reina . . . ui, ui!!! Já verteram muito suor cá ao velhote! Mas todo e qualquer sofrimento, valem bem aquela ascensão)
Chegámos à cidade ainda cedo, com umas dezenas de kms bem "curtidos" e em excelente companhia.
 
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

Comentários

Silvério disse…
Já hoje tive o prazer e a felicidade de constatar que o Amigo António está de volta e pronto para muitas e boas pedaladas com os Amigos!
Embora lhe tenha transmitido isso mesmo pessoalmente, não podia deixar de o registar neste espaço.
Para mim, é sempre uma grande satisfação ver os amigos ultrapassarem dificuldades pelas que passam, sejam de que natureza forem!
As maiores felicidades e muitas e boas pedaladas!
Abraço
Silvério

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela ...

"Sobrainho da Ribeira"

"Hoje foi dia de ir passear a minha "ézinha", em andamento relaxado, pois no próximo fim de semana, tenho a minha peregrinação anual a Fátima. Dois dias de puro btt, logo com o primeiro a chegar ao final, em Constância, após 125 kms em plena comunhão com a natureza, com a bica da cerveja preta e das belas sandes de presunto, ali para os lados da Aldeia do Mato. O segundo será mais "maneirinho" e também muito mais curto, orientado ao puro divertimento, pelos fantásticos singles de Almourol e Serra D'Aire. Saí de casa já um pouco tarde, com os ponteiros do relógio quase a posicionarem-se nas 08h30. Rumei ao Cabeço do Infante, com passagem pela Taberna Seca e Vilares e, ali efetuei a primeira paragem para o cafezinho matinal. Sempre de forma descontraída, continuei as minhas pedaladas passando Sarzedas e descendo ao cruzamento para o Salgueiral e Sobrainho da Ribeira. Escolhi o Sobrainho da Ribeira. Nesta bonita estradinha panorâmica, ...

PPS PR1 e PR2 - Caminho de Xisto do Fajão e Ponte de Cartamil,"

"Eu escolho viver, não apenas existir." (James Hetfield) Em dia de mais uma das minhas caminhadas, sempre na companhia da minha cara metade e excelente companheira nestas minhas passeatas pela natureza, fomos até à bonita Aldeia de Xisto de Fajão. Fajão, é uma aldeia de contos, que convive com as escarpas quartzíticas dos Penedos de Fajão, encaixada numa pitoresca concha da serra, alcandorada sobre  o Rio Ceira, perto da sua nascente, cuja configuração faz lembrar antigos castelo naturais. Chegamos à aldeia pouco depois das 08h30, sob intenso nevoeiro, que nos criou alguma apreensão sobre se daríamos, ou não, inicio à caminhada. Mas a impressão era de que a neblina estava a levantar e o sol começaria a iluminar o bonito Vale sobre o Rio Ceira, rodeado pelos impressionantes Penedos de Fajão e pela Bela Serra do Açor. A beleza que ainda não à muito tempo caracterizava aquela zona, era agora um pouco mais cinzenta, depois da devastação causada pelos fogos ...