Portas de Ródão
As “Portas do Ródão” constituem o ex-libris natural de Vila Velha de Ródão, onde o Tejo, o mais importante rio da Península Ibérica, corre entrincheirado, submisso, entre gigantes quartzíticos pré-históricos. Em via de Classificação a Monumento Natural, pelos seus valores geológicos (garganta epigénica do Ródão), paisagísticos (Serra das Talhadas, sítio Natura 2000), arqueológicos (Conhal do Arneiro e Foz do Enxarrique, em vias de classificação como Imóvel de Interesse Público), históricos (conjunto do Castelo do Ródão, classificado como Imóvel de Interesse Público) e biológicos (flora autóctone - zimbro e avifauna).
Na companhia do Jorge Palma, meu parceiro habitual das voltinhas com as "fininhas", fomos hoje dar uma espreitadela ao espetacular Monumento Natural das Portas de Rodão, que apesar de o ver amiudadas vezes, nunca me canso de o admirar.
Para não ser um passeio direto, resolvemos fazer uma volta circular, rumando inicialmente até ao Rio Ponsul, onde parámos para ver a bonita e abandonada ponte medieval e espreitar os pescadores habituais naquela zona do rio.
Apenas um, tentava àquela hora enganar algum ciprinídeo menos atento.
Subimos ao cruzamento para Monforte da Beira e continuámos até aos Lentiscais, para seguidamente descermos de novo ao Rio Ponsul, que naquele local tem uma panorâmica que aprecio.
Olhámos para o novo cais de embarque, para barco espanhol, também ele vazio e continuámos para Alfrívida, onde virámos à esquerda para Perais.
Passada a aldeia, iríamos alguns kms mais à frente entroncar na N.18 e segui-la até Vila Velha de Rodão, já com o olfato a trabalhar na tentativa de receber o belo cheiro dos bolinhos da Padaria/Pastelaria Rodense, onde viemos a parar, para a nossa habitual degustação doce.
A mim coube-me um belo pastel de nata que placidamente acompanhou o cafezinho matinal, enquanto púnhamos a conversa em dia.
Já aconchegadinhos e ainda com aquele doce sabor nas gargantas, demos uma pisadela no Alto Alentejo, cruzando a ponte sobre o Rio Tejo para atestar os bidons na fonte ali existente.
Já com os pequenos depósitos atestados, voltámos à nossa Beira Baixa para subirmos até às proximidades de Vilas Ruivas e cruzamento para a altaneira torre - atalaia conhecida como o Castelo do Rei Wamba, guardiã das espetaculares Portas de Rodão.
Desta vez não efetuámos nenhuma visita, pois ainda há bem pouco tempo ali estivera com um grupo de amigos e seguimos para o Perdigão, onde efetuámos nova paragem no café local para o Jorge tentar detetar um barulho na sua bike e refrescarmo-nos com uma bebida fresca.
Efetuámos seguidamente a subida das obras de "São Nunca" e descemos a Alvaiade.
A partir daqui, foi um martírio com o forte vento frontal a dificultar-nos bastante a aproximação à cidade.
Passámos Sarnadas de Rodão e finalmente, a cidade á vista.
A secura já dificultava um pouco a respiração e, como tal, havia que repor a normalidade.
Fizemos então uma derradeira paragem no "Café Chocolate" para bebermos uma "jolinha" fresca e rematar alguns temas de conversa que ficaram em "standby" com o arfanço.
Feitas as contas, foram 87 kms pedalados num bonito percurso circular à moda cicloturistica e na sempre agradável companhia do amigo Jorge.
Fiquem bem.
Vemo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
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