Curta, dura e fantástica! É assim que adjetivo esta nossa pequena aventura.
Pequena na quilometragem, dura pelas pendentes que tivemos que vencer e fantástica, por toda aquela envolvente paisagística que nos deleitou, pelos fantásticos trilhos e single tracks a jorrar adrenalina e sobretudo, pela visita a duas espetaculares aldeias . . . bem serranas, bem portuguesas e situadas cá bem no nosso interior tão esquecido da classe política. Piódão e Foz da Égua!
Como sempre tenho feito, partilho estas minhas pequenas aventuras lúdicas com os amigos que me queiram acompanhar e que também eles partilhem esta forma de pedalar.
E quando digo pedalar . . . refiro-me a pedalar, parar para conversar, tirar fotos, visitar este ou aquele local, beber umas bjecas, ou se quiserem, umas garrafinhas de nesquik . . . a seco, ou acompanhadas dum petiscozinho e sem limite de horário. Sem stress . . . numa boa!!!
Logo . . . as médias horárias ficam comprometidas, os acumulados deixam de ter valor, porque o percurso não é feito só com as paragens estritamente necessárias, blá, blá, blá!!! Além de que não fica nada bem num portefólio desportivo o que pode afetar a visibilidade, não dando o devido realce à performance, que tanto trabalho e sacrificados empenos dá para se conseguir. Não arrisquem!
Mas eu abdico de tudo isso, por tal motivo, quem vier pedalar comigo põe em risco todos esses valores.
Mas tal como eu, há uns quantos que gostam de se divertir, de dar um bom par de pedaladas, de conhecer novos locais e novos trilhos, mais ou menos prazenteiros e, sobretudo, duma boa aventura, mesmo que a quilometragem não seja atrativa.
Desta vez fiz o convite à rapaziada de uma forma enigmática e com o nome de "passup", (passeio surpresa) Passeio Açoreano.
Diverti-me um pouco com alguns amigos a jogarem com as coordenadas de gps para localizarem o local do passeio, outros quase a mandarem-me para fora do mapa e outros ainda, que certamente não participaram por pressuporem que aquele não seria suficientemente interessante para se deslocarem 110 kms.
Fiquei com pena daqueles que sei que queriam estar presentes e que de fato não tiveram oportunidade de o fazer, mas vai haver mais oportunidades naquela localização geográfica. Fica a promessa!
Hoje deu-me para a prosa e às vezes isso também me diverte e ajuda-me a exercitar o cérebro e a combater as "brancas", que já são muitas e por vezes embaraçosas. Contudo, nunca esqueço os amigos apesar de por vezes parecer ausente!
Este passado domingo era para levar o meu irmão Luís a passear . . . coisas de irmão mais velho. eh eh eh!!!
Juntaram-se a nós o Agnelo Quelhas e o Dário Falcão e, pelas 07h lá partimos em busca de aventura e divertimento, que é o que a malta gosta.
O inicio estava programado para Vide e foi ai que estacionámos as viaturas num parque junto à Ribeira do Alvoco.
Preparámos as bikes e restante material e debaixo de umas resteas de névoa, que rapidamente se dissipou, acompanhámos a Ribeira do Alvoco até quase a Avelar, passando pelo Pinheiro da Coja, Outeiro dos Pinheiros e Bejanca.
Se até aqui o percurso tinha sido demasiado fácil e maioritariamente por asfalto em estreitas estradinhas rurais, a partir daqui, a coisa complicou-se um pouco.
Numa viragem à esquerda no Outeiro da Cavada, demos início a uma estafante subida ao Santuário de Nossa Senhora das Preces, no Vale da Maceira.
Longa bonita e durinha quanto baste. Apesar de dar para nomear e cantar todo o alfabeto enquanto esforçadamente dávamos aos pedais, apenas registamos os Zês.
Depois dum merecido descanso na esplanada do bar de apoio ao santuário, enquanto ingeríamos a matinal dose de cafeína e dávamos dois dedos de conversa, voltámos aos trilhos.
Subimos ainda mais um pouco até ao Cabeço de Santa Eufémia e entrámos no longo estradão que segue à meia encosta para Piódão, com uma envolvente paisagística fabulosa sobre o vale e outras zonas montanhosas.
E lá fomos, passando o olhar por belos locais como o Monte da Costura, o Carvalhal, a Encosta das Uchas, o Outeiro dos Penedos, Amiais e alto das Portas do Inferno, onde Piódão já sobressaía na sua peculiar forma de aldeia presépio.
A chegada à aldeia foi feita por um adrenalínico single track que terminou à entrada da aldeia, dando lugar a estreitas ruelas de xisto que deliciou a malta.
Entrada triunfal no largo principal da aldeia e olhar á direita, tipo militar, para a esplanada do Solar dos Pachecos, onde "abancámos" para um merecido petisco, bem oleadinho com um par de bjecas fresquinhas. E que bem que nos soube aquele "pica-pau"!
Um fabuloso single track até à Foz d'Égua, bem purinho e com a uma razoável dose de passagens técnicas, não fosse a malta entediar-se!
Na Foz d'Égua, estava o "tesouro" escondido deste passeio. Piódão é lindo, mas, a Foz d'Égua é fantástica, diferente e marcante para quem a visita. Vale bem a pena uma "saltada" áquele cantinho espetacular. De carro de bike, a pé, de todas as formas. Eu já lá fui . . . e você??
E aquele vale mais parecido com um cenário da Walt Disney que em dias bem abrasadores quase dá para fantasiar uns duendes escondidos naquelas pequenas e espalhadas construções de xisto, com pontes romanas e carreirinhos de rara beleza.
Tudo isto espalhado pelo Outeiro do Cerquinhal, Casais do Souto Escuro, Encosta da Eirinha e Cabeço do Balocão, que ladeia aquele ilídico local.
Senti-me um Indiana Jones quando atravessei montado na minha "santa" aquela brutal ponte suspensa. Que sensação!!!
Lá encima uma bonita ermida com o seu presépio talhado em madeira e guardado pela bela imagem do Açor, também ele talhado, mostra bem o arte e o engenho daquele homem que durante oito anos se deslocou do Barreiro, praticamente todos os fins de semana, para criar esta maravilha junto à praia fluvial de Foz d'Égua.
Já falecido, o Sr. Carlos Borges deixou bem patente na sua obra, o amor a uma terra que adotou e que certamente nunca o irá esquecer.
Depois de visitarmos detalhadamente o local e de descarregarmos as digitais, embrenhámo-nos noutro single track ladeando a ribeira de Chãs d'Ègua até aos Pés Escaldados, com passagem pela Covita e Moinhos.
E não eram só os pés que estavam escaldados . . . a garganta também. Mas para a sequiar, tivemos que vencer as duras rampas, valha-nos que em asfalto, até à Chã d'Egua, onde parámos no café à entrada da aldeia para nos sequiarmos.
Já mais recompostos, saímos da aldeia pelo Outeiro dos Bardos e entrámos no estradão para o Monte do Cão da Ucha.
Sempre em estradão com tendência mais descendente, rumámos à bonita aldeia de Gondufo.
No final da descida e quando se dava início à subida àquela aldeia, o Agnelo teve um furo na roda traseira da sua trek.
Transposta a situação, continuámos e acabámos por rodear a aldeia, por não encontramos a entrada do single que nos levaria a cruzar a aldeia.
Também não nos preocupámos, já tínhamos no "papo" uma boa sequência de bonitos single tracks e já não faltava muito para desfrutarmos do último, na zona do Rodeado.
Entrámos em asfalto e foi sempre a descer até ao Rodeado, onde virámos à esquerda para nos divertirmos no último single track do dia, que terminou a cerca de 1 um kms do final, Vide!
Cruzámos a bonita e antiga ponte sobre a Ribeira de Alvoco, bebemos água na fonte sita na sua extremidade e fomos até às viaturas, onde carregámos as bikes.
Com um sorriso de orelha a orelha, fomos até ao bonito Restaurante "O Guarda Rios" na Praia Fluvial do Poço da Broca, na Barriosa em substituição do inicialmente programado, por se encontrar fechado.
Ali degustamos alguns petiscos da região e bebemos umas bjecas enquanto conversávamos calmamente sobre os mais variados temas.
Um belo dia de pedaladas, companheirismo e divertimento, num dos bonitos locais para a prática deste salutar desporto.
Ali mesmo nos despedimos e regressámos à cidade, ficando a promessa de novas aventuras mediáticas (passup's). Poucas questões e muita aventura!!!
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles
AC
Já falecido, o Sr. Carlos Borges deixou bem patente na sua obra, o amor a uma terra que adotou e que certamente nunca o irá esquecer.
Depois de visitarmos detalhadamente o local e de descarregarmos as digitais, embrenhámo-nos noutro single track ladeando a ribeira de Chãs d'Ègua até aos Pés Escaldados, com passagem pela Covita e Moinhos.
E não eram só os pés que estavam escaldados . . . a garganta também. Mas para a sequiar, tivemos que vencer as duras rampas, valha-nos que em asfalto, até à Chã d'Egua, onde parámos no café à entrada da aldeia para nos sequiarmos.
Já mais recompostos, saímos da aldeia pelo Outeiro dos Bardos e entrámos no estradão para o Monte do Cão da Ucha.
Sempre em estradão com tendência mais descendente, rumámos à bonita aldeia de Gondufo.
No final da descida e quando se dava início à subida àquela aldeia, o Agnelo teve um furo na roda traseira da sua trek.
Transposta a situação, continuámos e acabámos por rodear a aldeia, por não encontramos a entrada do single que nos levaria a cruzar a aldeia.
Também não nos preocupámos, já tínhamos no "papo" uma boa sequência de bonitos single tracks e já não faltava muito para desfrutarmos do último, na zona do Rodeado.
Entrámos em asfalto e foi sempre a descer até ao Rodeado, onde virámos à esquerda para nos divertirmos no último single track do dia, que terminou a cerca de 1 um kms do final, Vide!
Cruzámos a bonita e antiga ponte sobre a Ribeira de Alvoco, bebemos água na fonte sita na sua extremidade e fomos até às viaturas, onde carregámos as bikes.
Com um sorriso de orelha a orelha, fomos até ao bonito Restaurante "O Guarda Rios" na Praia Fluvial do Poço da Broca, na Barriosa em substituição do inicialmente programado, por se encontrar fechado.
Ali degustamos alguns petiscos da região e bebemos umas bjecas enquanto conversávamos calmamente sobre os mais variados temas.
Um belo dia de pedaladas, companheirismo e divertimento, num dos bonitos locais para a prática deste salutar desporto.
Ali mesmo nos despedimos e regressámos à cidade, ficando a promessa de novas aventuras mediáticas (passup's). Poucas questões e muita aventura!!!
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles
AC
Comentários
Abraço
Abraço a todos
Roxo
Parabéns a todos os participantes e obrigado pela partilha!
Abraço
Silvério