Aproveitando a agradável companhia do Zé Luís e Pedro Barroca, fui em busca de uns trilhos onde há muito tempo não pedalava, num autêntico labirinto cá pelo quintal e ao meu estilo de volta vadia.
Apenas era conhecida a hora de partida, sendo indiferente para a hora de chegada.
A malta queria era aventura, evasão e "martelar" uns bons kms numa boa panóplia de trilhos, com umas veredazinhas para apimentar a coisa.
Que o diga o Zé Luís que hoje "malhou" cinco vezes. Ultrapassou o seu record pessoal. Parece-me que aquela "spec" de côr maricas ainda não está bem domada. De vez em quando espanta-se, obrigando o Zé a gatinhar!!!
Bem, como o Zé deve estar a deitar fumo pelas orelhas com este trecho e a lançar-me umas palavrinhas na sua versão mais vernácula, vou mudar de assunto.
Combinámos juntar-nos pelas 08h na Pastelaria "A Ministra" na Carapalha.
Depois do cafezinho tomado fizemo-nos aos trilhos, rumando à Serra das Olelas Via Caseta dos Cebolais.
Subimos pela vertente mais complicada, a que sobe ao Campo de Tiro e contornando o Posto de Vigia descemos à Represa.
Passeamos-nos pelas castiças ruelas daquele pequeno povoado e contornámos os Poços Fundos em direção ao Retaxo.
Pelo arrabalde da povoação passámos à Fonte Seca em direção ao Vale do Gamão, onde andámos ziguezagueando nuns trilhos catitas e nalgumas bonitas veredas entrando depois em Cebolais de Baixo.
Íamos em busca do Café Estoril, onde tantas vezes parei para comer algo e beber uma bebida fresca.
Completa desilusão. Estava fechado e parece que assim vai continuar.
Parámos lá mais à frente para comer algo sólido e fomos até ao Vale do Feito em busca de mais uma veredas ladeando as ribeiras, ainda libertas dos rápidos caudais causados pelas águas pluviais e que impedem desfrutar daqueles bonitos carreirinhos. Mas hoje ainda foi possível e foi um gozo autêntico.
Pedalámos por aquelas encostas em constante sobe e desce ladeando e cruzando ribeiros até chegarmos ao abandonado casario do Monte do Vale da Pereira.
Descemos ao vale com o mesmo nome e fomos em direção à aldeia de Vale do Homem seguindo para os Rodeios.
Quase sempre com as Sarnadas de Rodão já no horizonte descemos aos profundos vales onde pedalámos nuns bonitos e pouco frequentados trilhos, arfando uma ou outra vez, com mais intensidade na "conquista" de algumas passagens com pendente mais agressiva.
Depois de nos divertirmos lá pelas profundezas, subimos à cumeada e aproximámos-nos da IP2 que cruzámos por uma das suas passagens inferiores e lá mais à frente efetuámos a mesma manobra, agora na A23.
Demos uma volta pelo Vale do Morgado e entrámos nas Sarnadas de Rodão para nos acomodarmos num dos seus escassos cafés para comermos um par de sandes acompanhados dumas bjecas fresquinhas e conversarmos um pouco, calma e descontraidamente.
O dia era nosso e já o tínhamos conquistado. já nos tínhamos divertido, pedalado nuns quantos e fantásticos trilhos e arredado de nós aquele stress incómodo que normalmente se acumula com a rotina.
De Sarnadas rumámos ao apeadeiro de Retaxo, passámos de novo sob a IP2 para seguirmos pelo estradão que a ladeia até ao cruzamento para as Benquerenças.
Entrámos na velha secção na N.18 que ladeia a IP2, agora do outro lado, para entrarmos na cidade lá pelo meio da tarde, com um sorriso de satisfação pelos 85 kms de btt, pedalados num completo labirinto cá pelo quintal sul.
Ótimos companheiros aliados a um belo dia outonal, onde a chuva que se aproxima ainda não chegou, uma "catrefada" de trilhos catitas e para todos os gostos, deixaram-nos com vontade de nova aventura.
Ficou agendada para a próxima sexta feira, ali para os lados da bonita bacia hidrográfica da Marateca.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Comentários
Não havia era necessidade de "malharem" tanta vez o Zé Luís!
ABRAÇO
Silvério