Hoje, na companhia do amigo Carlos Sales, resolvemos ir dar umas pedaladas, visitando algumas das bonitas e castiças aldeias cá do nosso cantinho. A Beira Interior.

Saímos pelas 08h e rumámos aos Amarelos, onde era estipulado tomar a matinal dose de cafeína.

Passámos a Caseta dos Maxiais e a dos Cebolais e à passagem pela Represa, lá andava o meu amigo "Ti Oliveira" a preparar-se para as suas lides agricolas, que ele tanto gosta.

Dois dedos de conversa e o copinho da "giribita" logo saltou para as mãos. Lá bebemos o copito da geropiga e eis que chega o Geirinhas, agora já aposentado. Mais um tempinho à conversa, até que nos despedimos, pois já se fazia tarde e nós ainda tinhamos umas dezenas de kms para fazer.

Passámos então pelo Vale Pinto e entrámos na Aldeia dos Amarelos, onde encostámos as bikes à porta da Padaria Canelas e por ali nos entretivemos algum tempo, degustando um panike e bebendo um sumo, enquanto conversávamos calmamente. Hoje o dia era nosso. Tinhamos decidido esquecer o tempo e efectuar o nosso passeio de verdadeira forma lúdica e em comtemplação da natureza.

Hoje, não havia compromissos familiares, estando por isso libertos, para fazer o que nos desse na gana.

Passámos à entrada da Aldeia da Carapetosa, entrando no trilho pedregoso até ao VG da Carqueijosa, onde entrámos na inclinada descida alcatroada para a estreita ponte sobre o Rio Ocreza.

Nova paragem para um par de fotos e encetámos a subida às Ferrarias Cimeiras, onde entrámos, indo logo em busca da abandonada aldeia de Ferrarias Fundeiras, onde parámos para apreciar aquelas antigas construções em xisto agora abandonadas e bastante degradadas.

Seguiu-se a rápida descida para a bonita zona do Lagar dos Carris, também em completo estado de abandono, no verde Vale do Grou, cuja ribeira cruzámos pela antiga ponte e sempre em sentido ascendente, durante vários kms, chegámos à estrada, junto à Aldeia do Vale da Pereira.

Não entrámos na aldeia e descemos para a ribeira, com o mesmo nome, subindo à pequena Aldeia do Vale da Saraça e, logo após, a da Fonte Longa, onde parámos no "Café do Zé", para uma bebida refrescante, pois hoje o calor já se fazia sentir.

Saímos daquela aldeia, agora em direcção à do Vale da Ramadas, continuando até à Aldeia do Sopegal, a mais longínqua da nossa voltinha de hoje.

Encetámos então o regresso, pela Aldeia do Vale das Ovelhas até a maior e mais populosa de hoje. Santo André das Tojeiras.

Descemos para a Ribeira da Boselha e subímos à Aldeia da Lomba Chã, seguindo-se as Teixugueiras e por fim a Aldeia de Calvos, onde parámos para uma foto.

Descemos ao Rio Ocresa, que nos surpreendeu pelo seu caudal, pois não tem chovido. Presumo por isso, que o caudal de hoje, tenha a ver com alguma abertura na Barragem da Marateca.

Estávamos num dos bonitos vales do Rio Ocreza, nomeadamente no local denominado Foz da Líria, por ser o local onde esta larga as suas águas no Ocreza.

Passámos o Rio Ocraza a vau e logo a seguir a Ribeira da Líria a pedalar, para darmos de imediato início à longa subida até ao VG do Canto Redondo, nas imediações da Aldeia de Benquerenças. Entrámos na aldeia e buscámos um café, para nos refrescarmos uma última vez.

Rumámos depois á cidade, cruzando a Ribeira da Canabichosa, onde chegámos através de inclinada e técnica descida e, já com a cidade no horizonte, passámos o Baixo da Maria e a Barragem da Talagueira, para entrarmos definitivamente na cidade, com o ponteiro já a caminhar para as 15h e 76 kms pedalados calmamente e na excelente companhia do amigo Carlos, que hoje "gramou" uma das minhas "investidas" a trilhos mais longínquos.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos
. . . ou fora deles.
AC
Comentários
É sempre com com grande satisfação e ao mesmo tempo um pouco de nostalgia que vejo fotos tiradas por esses sítios ! que pena não vos poder acompanhar !
1 abraÇo.