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"Transpirenaica - Escalona - Senegué"

Dia 10  - "Escalona - Senegué" - 111 kms.

Esta foi a etapa mais longa de toda a travessia. Foi também uma etapa muito dura, mas enriquecida por cenários fantásticos, que amenizaram sobremaneira, a dureza de alguns trilhos.
Depois de um excelente "desayuno" no Hotel Revestido, onde ficáramos alojados, partimos para esta longa etapa.
Já estávamos no interior do Parque natural de Ordesa Y Monte Perdido.
Depois de Escalona, entrámos no impressionante Cañon del Añisclo, através do Estrecho de las Cambras, que seguimos até ao majestoso Maciço do Monte Perdido.
Majestosas paredes abrem-nos caminho através duma estreita estradinha de sentido único, ladeando o bonito Rio Bellós.
Saímos daquele impressionante barranco e virámos à esquerda, para começarmos a enfrentar a longa e dura subida ao Collado de Fanlo.
A descida para Sarvisé foi fantástica e adrenalínica.
Continuámos para Fiscal, com passagem do Valle del Rio Ara ao Valle del Rio Gálligo. Almoçámos em Fiscal numa bela "Terraza", com vista sobre o Valle del Gálligo.
Com a "pança" bem aconchegadinha continuámos esta nossa longa e dura etapa, com a subida a Peña Oturía. Lá do alto, pudemos avistar quase todo o Pirinéu Central como El Cotiella, de novo La Peña Montañesa, La Peña Telena, La Foratala, Los Três Sorores, entre outros!
Passámos pelos desabitados "pueblos" de Bergúa e de Sasa e enfrentámos duras e inclinadas secções de subida à Gran Collada, pela Pradera de Santa Orosia, tendo a sorte de não ter chovido, pois com o terreno húmido é terrível. Apenas cruzámos uns quantos charcos com água e passámos bem pelo leito do rio, onde pudemos constatar o que seria com aquele tipo de terreno molhado e o rio com mais caudal. Uf!!!
Descemos a Larrede, onde mais à frente passámos pela bonita Ponte Suspensa, sobre o Rio Gálligo, que nos deu acesso a Senegué.
Inicialmente passámos Senegué e continuámos para Sabiñanigo onde esperávamos ficar alojados.
Procurámos uma loja de bicicletas para eu poder comprar um par de sapatos, pois o meu sapato esquerdo, à semelhança do direito, também já se tinha aberto na sola.
Mas não encontrei nada que me interessasse e o problema da folga no cepo da roda do Carlos, também não foi possível resolvê-lo naquele dia.
Resolvêmos não ficar em Sabiñanigo e regressámos a Senegué, onde ficamos alojados.
Além do problema dos meus sapatos, o Bruno voltou a partir a corrente da bike. O problema foi fácilmente resolvido com um link.
No dia seguinte esperavam-nos mais uns duros 90 kms até Ansó. Estava espetante por cruzar a famosa Selva de Irati!

Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos,
ou fora deles.
AC


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