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" Por las dehesas de Ceclavin, Canchos de Ramiro e Ladronera"

Ontem foi dia de ir vadiar com a minha "santa" para "tierras de nuestros hermanos".
Na sempre agradável companhia do Sandro Gama e a sua fiel Mondraker, saimos da cidade pelas 06h30, já com o cafézinho no bucho e fomos até Ceclavin.
Chegamos aquela bonita aldeia espanhola, estacionamos a minha fragonete, preparamos as bikes e restante material e fizemo-nos aos trilhos.
Cruzamos parte da aldeia e entramos num panorâmico estradão que nos levou a cruzar a estrada um pouco mais abaixo para entrar definitivamente "nas hermosas dehesas de Ceclavin" a perder de vista.

Tomamos o rumo ao Rio Alagon e fomos presenteados com belas paisagens criadas pelos vaiados recortes daquele belo rio, um dos que dá corpo à imensa barragem de Alcântara.
Paramos numa das suas escarpas para apreciar aquela belíssima panorâmica, registamos o momento com a digital e continuamos o nosso passeio vadio alternando belos trilhos com variadas veredas criadas pelo gado vacum que preenchia quase toda aquela zona de imensos prados verdejante enriquecendo todo aquele fantástico colorido.
Lá nos fomos desviando de umas ou outras vacas mais curiosas e fomos cruzando os prados de esparso azinhal, agora em direção ao Pântano de Ceclavin.
Ladeamos aquela media bacia hidrográfica e um pouco mais à frente, tivemos que improvisar, pois o caminho que cruzava uma reserva de caça estava lavrado e o portão de acesso fechado.
Nada que nos apoquentasse. Aventura é aventura e esta sem uma ou outra dificuldadezita para resolver, nem seria aventura. Também gosto de por os neurônios a trabalhar de vez em quando fora da linha mestra.
A paisagem e o tipo de vegetação foi variando, conforme nos íamos aproximando da zona montanhosa.
Depois de cruzar um par de bonitos vales e cruzar alguns relevos sem grandes inclinações, entramos no estradão que nos levou ao aprazível  e ilídico lugar dos Canchos de Ramiro e Ladronera, um local que muito apreciámos e onde estivemos algum tempo gozando aquela quietude e paisagens de encanto. Não apetecia mesmo sair dali.
Regressamos ao estradão que nos levara até ali e seguimos para Cachorrilla uma bonita povoação onde paramos para beber um par de loirinhas "cañas con limon". E que bem me souberam!
Por asfalto continuamos até Pescueza, uma outra povoação não muito distante e voltamos a entrar nos trilhos.
Passamos pela estação fotovoltaica e entramos numa zona plantada de amendoeiras e figueiras, onde andamos entretidos durante cerca de 20 quilómetros, ziguezagueando por bem arranjados terrenos de cultivo, até que no nosso horizonte a aldeia de Ceclavin se mostrou perante o nosso olhar, como se de uma miragem se tratasse. Linda!
Tomamos o rumo à aldeia, onde chegamos satisfeitos e com a "barriguinha" cheia de bons trilho, brutais paisagens e a alma rejuvenescida pelos locais inóspitos e únicos, que tínhamos então cruzado.
Um excelente dia de btt, pedalando 77 kms pelos belos prados de Ceclavin, os idílicos Canchos de Ramiro e Ladronera, localizados ao longo da cordilheira montanhosa formada pelas serras de Caballos, la Garrapata, la Solana e Ladronera e onde o Rio Árrago despeja as suas águas no Rio Alagon, criando aquele lugar encantador. 
Já estou com vontade de lá voltar!
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

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