Avançar para o conteúdo principal

"XIV Raid AC-Trilhos e Aventuras"

A "Cambada", mais uma vez se juntou para uma aventura, desta vez, ali para os lados de Vila de Rei.
Conquistar novas serranias, visitar outros locais, alguns bastante peculiares, pedalar por trilhos diferentes, sempre aliado à boa disposição, camaradagem, e forte amizade, que une esta rapaziada, sem interesses subjetivos, onde os acumulados, tempos e médias horárias, nada nos dizem e que substituímos pela parte gastronómica, que quase sempre nos acompanha nestas nossas pequenas aventuras.
De Castelo Branco, saímos, eu, o Silvério, o Pedro Barroca, o Nuno Eusébio e o Tiago, com a minha "ramona" carregada com as bikes.
Passámos pela Sertã, onde nos esperava o meu irmão Luís e o Luís Bandeiras.
Tomámos o café, na "galhofa", imagem de marca deste grupo e rumámos à castiça Aldeia da Relva, no sopé da Serra da Melriça.
Já tudo combinado com o "Ti Aniceto", para manter a comidinha quente, que nós íamos pintar a manta alí para os "cabeços" e já vinhamos!!!
Já saímos tarde, já com os ponteiros do relógio a caminhar para o lados das 10h00.
Uma saída em descida, para pouco depois zuiquezaguearmos pelas aldeias de Casal Formoso, Borreiros e Fundo da Lameira em direção ao Vale da Urra.
Andámos aos "esses" pela Ribeira do Bostelim, ora passando para um lado, ora passando para o outro, por bonitos trilhos, até que virámos o azimute à Pracana da Ribeira. Subidas e descidas, mantinham o pessoal entretido e até já havia quem dissesse . . . Isto é como as estações do ano, mal acaba o inverno, começa logo o verão!!!
Sempre em terreno bastante ondulado, passámos Pero Gonçalves e ladeámos os Juntos, chegando à Vinha Velha, já com o Robalo à vista e o palato já a trabalhar, em busca do delicado sabor da pinga do "Ti Cabaço", o velhote cá do "rapaz".
Chegámos, cumprimentámos e fomos agraciados com um "repasto" na modesta adega, onde a pinga não faltou e era à descrição.
Comeu-se, bebeu-se e assim se passou um bom momento de descontração e gastronomia.
Estava na hora de continuar, pois a Serra de Santo António, com a sua bonita ermida, esperava-nos.
Saímos em direção aos Martinzes e começámos a rodar sobre a direita, até chegarmos ao início da "bela" subida, ermida e posto de vigia.
Depois de um longo "arfanço", lá estávamos nós a "mirar" todo aquele bonito panorama, que nos envolvia, num raio de 360 graus.
Descemos a serra e rumámos à Capela, onde iniciámos a subida à Sanguinheira, aproveitando alguns companheiros para atestar os camelbags com àgua.
Sempre em subida, que ía endurecendo consoante íamos ganhando altura, em direção às eólicas da Serra do Bando, lá a fomos conquistando até chegarmos ao aprazível local da "Mina do Ti Guilherme", lá bem no alto e no meio de nenhures. Um oásis!!!
Ali comemos algo, bebemos daquela saborosa e fresca água da serra. Alguns companheiros aproveitaram para se refrescarem nos diminutos tanques de água fresca, em "pelota", pois por alí, não havia vivalma e foi mais um momento de diversão que animou a rapaziada!!!
Saímos dali, em descida, para o Chão do Brejo e logo depois o Chão do Lopes Pequeno em busca do único café do percurso, na Aldeia D'Eiras, onde abancámos e nos refrescámos com umas bebidas fresquinhas.
A segunda parte do percurso era para mim a mais exigente e também a mais bonita.
Todo o percurso era bastante exigente, não tanto pela sua orografia, mas também pelo tipo de piso, muito pedregoso e bastante árido, com muitas zonas onde tinhamos que aplicar os nossos dotes técnicos.
Com tudo isto, chegámos finalmente a um dos momentos do dia, a bonita Aldeia de Xisto de Agua Formosa.
Por ali pedalámos pelas suas estreitas ruelas, em busca da beleza das suas bem arranjadinhas casas de xisto. Uma visão fantástica!!! Fica-se com vontade de lá voltar.
Parámos na fonte, à saída da aldeia, para atestar camelbags e segui-se o espetacular single track, que nos deu acesso ao estradão que nos levou para o Vale do Gil, onde toda a malta já procurava com os olhos, a visão do VG da Melriça, situado no ponto mais alto da serra do mesmo nome e o Centro Geodésico de Portugal.
Esse momento chegou e, apesar de algum cansaço que já se fazia sentir, ninguém desistiu. Não foi uma conquista fácil, pois subir, tinha sido uma constante até ali!!!.
Contornámos a Serra a 180 graus, por um soberbo trilho, frondoso na sua maioria, até à viragem final, pela pista de downhill, que teve que ser a "penantes", havendo como alternativa, o asfalto, mas só o meu irmão optou por essa solução.

Contornada a Serra da Melriça e conquistado o Centro Geodésico de Portugal, faltava-nos a descida mais longa e adrenalínica desta nossa aventura e, que nos conduzia ao ponto de partida, a Aldeia da Relva.

Descida longa, técnica e com inclinação quanto baste, fez-nos esquecer o cansaço e as horas em cima da "dita". Foi a loucura, com a rapaziada a chegar junto às viaturas com um sorriso de orelha a orelha.
Para mim é quanto basta, para compensar a busca e o trabalho, neste caso, por prazer, em busca de locais onde a malta se possa divertir e pintar a manta. Desta vez, o traçado do percurso, esteve a cargo do meu irmão Luís, que criou um percurso bem desenhado e que foi do agrado de toda a rapaziada. Obrigado Luís!!! Na próxima vez que dermos uma voltinha, deixo-te ir à frente, eh eh eh!!!
Na Relva e já depois das bikes acondicionadas, esperava-nos a bela piscina para mais uma sessão das "diabruras da cambada", que não perdem a oportunidade de um bom momento de diversão e liberdade.
Seguiu-se um belo e longo repasto de "bufet" com uma boa meia dúzia de "pratos à escolha e a "atestar", quantas vezes nos desse na gana.
A loirinha, era à descrição, pelo canudo "bico de pato" e self service, assim como qualquer outra bebida.
Havia ainda as entradas, a que ninguém passou cartucho e sobremesas, que foram bem "atacadas" no final.
Uma excelente tertúlia entre bons amigos, onde as distâncias não são nossas inimigas, nem servem como desculpa para nos" arruinarem" o orçamento e, sobretudo, onde as bikes são para nós, "veículos" de aproximação, convívio e divertimento e não para competir. Não somos talhados para isso!!!
O protagonismo, também nos passa ao lado. Não gostamos de emoldurar para pendurar na parede.
Fazemos . . . e pronto, já está!!! À próxima oportunidade, lá estamos de novo. "Um toque de corneta" e lá esta a "cambada" junta de novo, para mais uma diabrura.
Queres dar umas pedaladas diferentes, aparece!!! Não é necessária filiação, nem é necessário que sejas amigo "do coração", virtual, curioso, ou até inimigo. Não tens que te desvincular de grupos a que pertenças, nem pagas nada!!! No final, basta um aperto de mão e até á próxima, se quiseres!!!
Aqui não se compete, pedala-se. Não há primeiros nem últimos, nem ninguém repara na bike que usas, ou no jersey que vestes.
Simplesmente, aproveita a aventura e diverte-te . . . à antiga!!! Sem STRESS!!!
Fiquem bem.

Vêmo-nos nos trilhos

. . . ou fora deles.

AC

Comentários

Bruno Ferreira disse…
Boa tarde
Conheci o seu blog através de um amigo (Pedro Ferrão - Sertã) e escrevo esta mensagem para lhe dar os parabens pela maneira como vive o mundo das bikes.
Um dia terei todo gosto de pedalar com o senhor.

Bruno Ferreira - Fátima
www.trilhossimples.webs.com
alciferreiras@net.vodafone.pt
Anónimo disse…
Olá,
mais um dia grande!
O costume... sã camaradagem, 'margulhos', petiscos, belas paisagens e... também andamos de bike! :o) Como diria o LC, -'Agora é sempre a rolar!'

Obrigado pelos postais.

Relato no sítio do costume:
http://bttoledo.forumotion.com/t450-vila-de-rei

Tiago.

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-